O que mais impressiona na temporada de estreia da série canadiana escrita por Graeme Manson e realizada por John Fawcett é a forma fantástica como consegue superar a dificuldade de ter a mesma actriz a interpretar vários papéis na mesma cena, sem para isso recorrer aos habituais duplos ou planos com personagens de costas. Um trabalho técnico de pós-produção moroso que resulta numa naturalidade cénica fenomenal, mérito também da surpreendente Tatiana Maslany, que salta de modo impressionante entre clones, conseguindo criar facetas diversas vincadas nas suas personagens sem precisar de uma hiperbolização/overacting que seria natural para diferenciar todas elas. A história, essa, mantém-se misteriosa q.b. durante os dez episódios, o que por si só obriga o espectador a continuar para os dez que se seguiram. Sem deslumbrar, mas sem nunca aborrecer.
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