Confesso admirador da filmografia de Michael Moore, principalmente daquele que considero ser um dos documentários fundamentais da história do génere ("
Bowling for Columbine"), não posso deixar de sentir alguma desilusão com o regresso sem grande garra e inspiração do homem que um dia entalou tantas corporações gananciosas em "
The Awful Truth" ou fez um dos discursos de vitória mais polémicos e ousados em pleno Kodak Theatre. Verdades de certa forma manipuladas? Claro, sendo que desta vez torna-se bem óbvio para nós portugueses quando um qualquer indivíduo de um gabinete de apoio a toxicodependentes é apresentado como um alto responsável do nosso Ministério da Saúde. A ideia base - os benefícios que o socialismo europeu teria na vida e na economia norte-americana - não deixa de ser interessante, mas faltam a "
Where to Invade Next" os habituais vilões que Moore tão bem sempre enfrentou no passado sob o holofote das suas lentes. Entre palmadinhas nas costas e amigos, o feeling (e respectivo impacto) não é o mesmo.
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