Uma cinematografia de excelência onde cada plano, cada sequência de acção ou introspecção, perto ou longe, de dia ou de noite, no interior de um túnel ou no meio de um deserto, é filmada e pensada ao mais ínfimo pormenor; um elenco todo ele irrepreensível, de Blunt a Brolin, onde o magnânimo Del Toro consegue, ainda assim, sobressair graças ao infinito imenso que é o seu olhar frívolo. "
Sicario", do canadiano Denis Villeneuve, responsável pelo asfixiante "
Prisoners", é um possante exemplo da beleza do cinema enquanto arte visual, perdendo-se, talvez até propositadamente, quando pega na caneta e decide fabricar uma narrativa que, no fundo, acaba por ter muito mais impacto, qual soco no estômago, em duas ou três cenas chave, do que coesão e relevância no seu todo para ser relembrada ou revisitada no futuro.
Amazing to look at, underwhelming to really think about it.
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