Não sei até que ponto "
Allende en su laberinto" estará mesmo repleto de incongruências históricas e factuais, como muitos chilenos apontam por essa rede fora, principalmente devido à exumação dos restos mortais de Allende em 2011, a pedido da sua filha, ter revelado indicadores de suicídio, o que não compactua com a visão heróica apresentada aqui; independentemente da origem da bala que terminou a sua vida, a dramatização das últimas horas de vida do presidente chileno Salvador Allende pelo compatriota Miguel Littín - ele que nos anos setenta e oitenta foi nomeado para os óscares por mais do que uma vez na categoria de Melhor Filme Estrangeiro - não deixa de ser um testemunho importante, por mais inclinado que esteja, de uma parte da história política e social mundial muitas vezes olvidada por conveniência de um estilo de vida que, por mais estabilizado que esteja na cultura ocidental, não é nem nunca foi mais democrático do que a história de vida e de actuação socialista de Allende, eleito por sufrágio popular. Na tela, fica uma bestial interpretação do marxista por Daniel Muñoz, uma cinematografia praticamente irrepreensível no que concerne à destruição do Palacio de La Moneda e uma alfinetada merecida aos EUA.
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