Gary Faulkner (Nicolas Cage) apresenta-se rapidamente ao espectador como um Dom Quixote modernizado, qual cavaleiro andante em nome de Deus numa árdua busca por Osama bin Laden. O mais estranho de tudo? Aquelas quatro palavrinhas tão irresistíveis quanto surreais que abrem o filme: baseado numa história verídica. E talvez acabe por ser essa curiosidade que tanto potencial tinha que arrasa com os planos de Larry Charles ("
Borat"): "
Army of One" nunca sabe se há-de ser uma sátira pura ou uma observação quase demente a uma personagem ímpar e acaba por se estatelar no meio caminho, não conseguindo mais do que arrancar uma ou outra gargalhada vazia, sem qualquer fundo político ou humano, uma sequência frustrante de cenas isoladas incapazes de formar um todo coerente, ainda para mais com o demasiado pateta Russell Brand no papel de Deus a empurrar constantemente o filme para o lamacento caminho de uma comédia demasiado vulgar para uma personagem tão rica (e alucinada) como Faulkner.
Sem comentários:
Enviar um comentário