Documentário neozelandês estruturado em forma de thriller de investigação, "
Tickled" - que em Portugal teve direito a estreia exclusiva na mais recente edição do MOTELx - parte de uma premissa aparentemente divertida e bizarra sobre o desconhecido mundo das competições de cócegas, para rapidamente se instalar num esquema secreto não de homo-erotismo, como presumia o jornalista David Farrier, mas sim de extorsão e humilhação pública. Uma armadilha montada por um(a) anónimo(a) que gastava milhares de dólares para se manter no anonimato, não sabendo sequer os seus conceituados advogados para quem trabalhavam. Tecnicamente imperfeito - a edição nem sempre é eficaz, como são exemplo os muitos momentos mortos passados no carro ou no quarto - mas sagaz na sua intriga, "
Tickled" não acaba em apoteose como todos desejávamos - com toda a trapaçaria desmantelada e polícia ao barulho -, mas consegue ainda assim dar uma face ao vilão, o que por si só é suficientemente reconfortante para o espectador. Não é o documentário avassalador que muitos apontavam, mas não deixa de ser uma sugestão desafiante para os mais curiosos.
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