A sexta temporada de "
Suits" dividiu-se em tempo e narrativa - como é costume, aliás, aproveitando a pausa de inverno - em duas storylines distintas: uma inicial que rompeu, no pior dos sentidos, com toda a identidade, glamour e carisma da série, colocando Mike na prisão e privando o espectador do melhor que "
Suits" sempre teve: a interacção e dinâmica entre as suas personagens-chave, afastando-as aqui para mundos diferentes; e, no seu regresso para seis episódios finais, num ambiente mais intimista, em que todos enfrentam os seus demónios pessoais - Harvey a relação com a sua mãe, Mike o conflito de ter que jogar baixo uma vez mais para conseguir fazer o bem entre o mais comum dos mortais, a ambição de Donna - através de um dispositivo que devia ter sido usado na série apenas como comic relief e não como caixa de pandora para endeusar aquela que já foi uma das personagens mais interessantes da série de Aaron Korsh -, o vai não vai trabalhar com o pai de Rachel, os eternos amores e desamores de Louis, etc. etc. Tudo somado, foi de longe a temporada mais instável e decepcionante do grande ás de trunfo das audiências da USA - é ainda o produto televisivo mais visto da estação -, algo que continua a não afastar todos aqueles que, como eu, a consideraram durante os últimos anos uma das séries mais cool que por aí andavam. No fim de ambas as storylines, o melhor: Jessica Pearson. No adeus e no completamente inesperado curto regresso. A coisa não promete voltar a ser o que um dia já foi, mas a esperança é a última a morrer. E, enquanto houver Harvey, contem comigo.
1 comentário:
Pois, infelizmente tenho de concordar. É uma pena uma série que veio de uma quinta temporada tão boa, deixar-se cair assim, mas tal como tu tenho uma réstia de esperança.
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