Se a existência de uma vida pós-morte fosse provada, sem margem para dúvidas, de forma científica, o suicídio seria um lugar comum? É com esta premissa fenomenal que "
The Discovery", produção independente da Netflix, arranca. Daqui em diante, quase todas as abordagens narrativas seriam possíveis, tendo o californiano Charlie McDowell ("
The One I Love") optado por uma mais intimista na forma clássica de uma história de amor. E se esta acaba por ser carburada de forma calma e simpática ao longo de hora e meia de fita, todo o conceito fenomenal que serve de premissa sofre de uma total falta de ambição, imaginação ou mesmo astúcia para explorá-lo de forma minimamente satisfatória numa perspectiva global. E assim, o que poderia ter sido um sci-fi out of the box, acabou por se tornar num drama romântico sem grande química ou profundidade emocional - culpa talvez de Jason Segel, que não tem o que é preciso para levar um filme destes às costas.
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