Ganhou o racismo. É esse o final inesperado deste documentário israelita sobre a época 2012/2013 da equipa de futebol do Beitar de Jerusalém, conhecida pelo apoio dos seus adeptos de extrema direita, que entoam em todos os jogos cânticos de "
morte aos árabes". "
Para sempre puros", defende a bancada nascente do clube histórico, em completa ebulição pela decisão do novo dono em comprar dois jogadores muçulmanos exactamente com o propósito de combater essa visão racista que moldou o clube durante décadas. De ameaças de morte a bancadas vazias, tudo aconteceu numa temporada em que o Beitar não desceu de divisão por um ponto. No fim, jogadores muçulmanos, jogadores que os apoiaram, treinador e dono acabaram por ter que deixar o clube. O novo capitão? O único jogador que tinha sido suspenso por mostrar o seu apoio às claques. Porque quem manda no Beitar são os adeptos. E estes adeptos, meus amigos, não estão para brincadeiras.
1 comentário:
Só a ficção pode, se quiser, construir uma história com um clímax arrumadinho, simples e moralista. Obrigada pela sugestão.
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