sexta-feira, dezembro 08, 2017

Voyeur (2017)

Gay Talese, um ícone do jornalismo do século XX, um autor literário de reputação ímpar - ainda que parcialmente obtida através de uma mão cheia de polémicas, como quando atravessou os Estados Unidos da América numa roadtrip sexual de modo a obter material para um dos seus livros - e currículo de excelência em algumas das mais conceituadas publicações norte-americanas. Gerald Foos, um voyeur que durante décadas partilhou com Talese histórias de como espiava os clientes do seu motel através de caminhos construídos no topo dos quartos. "Voyeur", um documentário da Netflix que narra a história desta longa relação entre Talese e Foos e acompanha o processo de publicação do livro que finalmente revelaria ao mundo o taradão que não teve a sorte de viver numa época onde a pornografia encontra-se sem grande esforço na internet. Mas será Foos um mero lunático à procura de atenção? Porque não batem certo tantas das histórias que conta - de um suposto assassinato a uma série de datas erradas nos seus diários? Qual o impacto deste tirar de máscara? Muitas perguntas, algumas respostas, num produto que, no meio de tanta curva e contra-curva à luz de revelações inesperadas, acaba por não saber bem por onde seguir ou a que conclusão chegar.

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