Um bom cocktail de mistério, ficção científica e melancolia estragado por um terceiro acto - e uma cena tão inesperada quanto desnecessária nos últimos segundos - em que valeu tudo, sem regras, para conquistar os maluquinhos snobs do sci-fi. Atenção: muito há para admirar em "
Annihilation": o conceito, o look, várias ideias filosóficas e a competência irrepreensível de Natalie Portman. Depois vem o problema do costume de Alex Garland: não confia no espectador para fazer uma simples soma e, pior, tenta multiplicar o resultado por um elemento metafísico/alienígena que aparece às três pancadas e desaparece, pouco depois, de forma forçada e supérflua. Fica a boa intenção e a ambição desmedida desta sequela espiritual de "
Stalker", mas até o arrojo tem que ter um tronco entre os pés e a cabeça.
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