Todos sabemos que Don Coscarelli criou o seu próprio sub-género de culto como realizador e guionista, com dimensões alternativas repletas de situações atípicas, personagens maradas e objectos/criaturas invulgares. "
John Dies at the End", a última aventura cinematográfica de Coscarelli, não foge à regra, arranca em grande estilo com meia dúzia de cenas deliciosas capazes de arrancar um sorriso ao mais sisudo dos cinéfilos, mas rapidamente perde-se na explosão descontrolada de ideias loucas da mente labiríntica por detrás do criador da saga "
Phantasm". Uma comédia de terror sobrenatural com CGI de algibeira - o que, no fundo, faz parte do seu charme - onde Chase Williamson e Rob Mayes nunca parecem estar na mesma nota, num universo sem regras que acaba por sofrer disso mesmo; a certa altura, tudo parece demasiado aleatório para construir algo minimamente coerente ou, no mínimo, consistente. Ficam as homenagens a Sam Raimi e uma maçaneta de forma fálica. E não, John não morre no final.
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