Doug Liman já provou no passado que consegue transformar qualquer guião aparentemente banal de acção num produto competente de entretenimento. "
The Wall" não é excepção, por mais limitado de personagens e movimentos que o nova-iorquino estivesse à partida. A primeira decisão correcta e fundamental para que tudo funcionasse foi dar o papel principal a Taylor-Johnson e não a Cena; a segunda, nunca dar face nem ceder a posição do inimigo/vilão, transformando um aparente filme de guerra numa obra de terror. Uma voz tão pesada quanto mordaz e misteriosa torna-se fulcral para este exercício dramático conseguir agarrar o espectador e o final, corajoso, não opta pela saída mais fácil. A ambiguidade do conflito, o caos na calma, a prova de que Liman sabe mesmo o que faz.
Sem comentários:
Enviar um comentário