"
Black Mirror" perdeu o encanto que a diferenciava. Esta temporada de três episódios recupera um pouco a imagem após o desastre completo que foi "
Bandersnatch", mas a verdade é que nem a meditação sexual que rompeu géneros e realidades de "
Striking Vipers", colocando em causa conceitos de fidelidade, homossexualidade, amor e amizade, nem uma versão moderna de "
Dog Day Afternoon" em "
Smithereens", com uma situação em torno de um refém que fica pior e pior a cada minuto, mas que acaba num desfecho sem qualquer impacto ou imprevisibilidade, nem o final aventureiro em torno de um episódio meta carreira da Miley Cyrus com vários momentos divertidos mas não mais do que uma pinhata de ideias que nunca explode para além do que já tinha sido feito e imaginado no passado da série de Charlie Brooker, conseguem apagar a ideia de que "
Black Mirror" esgotou-se na fonte e já não tem mais nada de novo para contar. Vítima do seu próprio sucesso, a nova temporada não sobrevive ao seu legado cultural e precisa urgentemente de um
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ctrl-alt-del não chega.
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