Produção mexicana da Netflix, "
Maradona en Sinaloa" segue a curta carreira de Diego Maradona no comando técnico do Dorados de Sinaloa, equipa que arrastava-se no último lugar da segunda divisão aquando da sua chegada inesperada e que, com a sua liderança, acabou por não só cavalgar na tabela até uma posição que permitiu disputar um play-off de promoção à liga principal, bem como transformar um clube regional esquecido num fenómeno nacional e internacional, repleto de discípulos sedentos do sucesso de um ídolo de outrora. Inesperadamente bem filmado e ainda melhor editado, a grande desilusão em torno desta série de sete episódios de meia hora é mesmo perceber que Maradona não passa, hoje em dia, de um homem perigosamente preso ao passado, agarrado ao seu ego, sem agilidade mental para ser treinador - pode dar graças a Deus ao seu adjunto por fazer todo o trabalho táctico e técnico necessário. Dois exemplos crassos disso: a dois dias da final do play-off de subida, Maradona num discurso pré-treino não sabia quando a mesma se disputava; e, no intervalo dessa mesma final, não faz mais nada que não revoltar-se em alto e bom som contra os adeptos adversários, que o insultavam com cânticos jocosos durante a primeira parte. A marca ainda vende; mas já não convence.
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