Há tensão, há atmosfera, há até alguma crueza inesperada em várias cenas - como a da miúda na parede da cozinha - mas, na verdade, o filme de Guillem Morales, co-escrito pelo fenomenal Oriol Paulo, quase nunca surpreende. Depois de um arranque convincente repleto de mistério, a narrativa começa a arrastar-se, cliché atrás de cliché, perdendo força e energia após cada revelação insípida sem grande imaginação para fugir ao óbvio. Tecnicamente irrepreensível - com destaque para a homenagem ao "
Silêncio dos Inocentes" -, Belén Rueda sempre pronta a finalizar na área mas, e que grande mas, uma equipa de ressaca, sem chuteiras, não chega para vencer a este nível.
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