Um paradigma de talento e eficácia em todas as vertentes. Das interpretações brilhantes de toda a família Abbott - com especial e merecido destaque para uma Emily Blunt sempre em sofrimento, que nos deixa num estado de ansiedade constante -, à edição maravilhosa que torna o som num elemento chave num filme que vive do silêncio, sem desprimorar a realização destemida - e, na verdade, surpreendente - de Krasinski, sem medo, por exemplo, de mostrar o inimigo ao detalhe em vez de se salvaguardar nos usuais
glimpses de CGI. Quase tudo em "Um Lugar Silencioso" funciona numa harmonia rara num género em constante reinvenção na última década, um filme que tem tanto de terror como de drama familiar, com química e dinâmicas familiares de excelência que parecem reais e, logo, com impacto no espectador. Uma tensão aflitiva que não nos deixa durante um segundo durante quase uma hora, um ritmo frenético, um medo real e palpável, uma história que consegue superar a sua premissa apocalíptica. Venha a sequela.
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