Um mistério de Kiyoshi Kurosawa com pano para mangas, mais perguntas do que respostas, uma premissa brutal que trabalhada com outras intenções poderia ter resultado num filme inesquecível mas que, ainda assim, entre duas interpretações irrepreensíveis - do detective e do manipulador, este último numa verdadeira performance solene causadora de nervos e inquietações no espectador com a sua postura tão passiva quanto psicologicamente arrasadora - e uma mão cheia de ideias, dúvidas e pormenores técnicos de primeira linha transformam este "velho" favorito de Bong Joon Ho e Scorsese numa descoberta obrigatória no género e no cartório asiático.
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