A Walt Disney Pictures - é verdade, quem imaginaria - apresenta uma odisseia no futuro (2130) que começa onde tudo o resto acaba, um gigantesco buraco negro no espaço. Quarenta anos antes da Cersei ter morrido com um pedregulho da cabeça, eis que o vilão endeusado do saudoso Maximilian Schell morreu inesperadamente com uma ecrã na gadelha que se prolonga daquela imponente barba. Se fosse hoje em dia, com os ultra finos LCDs que estariam certamente disponíveis numa nave espacial, talvez se tivesse safado. Palmeiras derrubam robôs e humanóides sem alma - sim, palmeiras no espaço, leram bem -, créditos iniciais de cinco minutos num fundo negro a arrancar hora e meia de filme à João César Monteiro e uma amizade extraordinária entre dois robôs, V.I.N.CENT e B.O.B., a v2.0 e a v1.0 da mesma lata flutuante, que deixariam na lama os droides da Guerra das Estrelas. Este "
Abismo Negro" caiu compreensivelmente no esquecimento tanto no tempo como na história do cinema, responsabilidade não só do peso e da herança dos hits de George Lucas que não deixaram "espaço" para mais ninguém, mas também por culpa própria de um final que não sabe o que fazer ou dizer após a entrada no buraco negro. Ainda assim, uma experiência curiosa para o currículo.
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