sábado, julho 04, 2020

Shirkers (2018)

O George era um crápula invejoso que roubou um projecto de adolescência a umas amigas de Singapura que, por sua vez, também se colaram a ele para se aproveitarem do seu know-how e experiência na realização. Ele, casado, pensou que ia conseguir molhar o pincel numa adolescente que quis viajar com ele de carro pelos Estados Unidos da América. Não conseguiu, despachou-a à primeira oportunidade. Fim da história em menos noventa minutos do que este documentário narcisista e egocêntrico da Netflix conseguiu, onde nada é descoberto e tudo cai nas mãos da realizadora por iniciativa da viúva de George. Intelectualmente fraudulento e insultuoso - não, ninguém pode afirmar, muito menos a parte interessada, que "Shirkers" ia revolucionar o cinema de Singapura quando nunca sequer tinham visto nada do que filmaram -, eis uma viagem vazia, repleta de suposições transformadas em verdades - alguém considerou sequer que aquelas cassetes VHS todas em "branco" podem ter ficado assim por terem passado em inúmeras máquina de raios-x nas várias alfândegas que percorreram na sua "volta ao mundo"? -, com uma sonoplastia medonha e repetitiva e uma mão-cheia de colagens cinéfilas forçadas até ao tutano com a sua experiência de vida apenas para poder ostentar a bandeira de "carta de amor cinéfila" na sua premissa. Enfadonho e auto-indulgente.

Sem comentários:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...