quarta-feira, setembro 30, 2020
Grave of the Fireflies (1988)
terça-feira, setembro 29, 2020
segunda-feira, setembro 28, 2020
House of 1000 Corpses (2003)
domingo, setembro 27, 2020
sábado, setembro 26, 2020
All or Nothing: Tottenham Hotspur (S1/2020)
sexta-feira, setembro 25, 2020
quinta-feira, setembro 24, 2020
Rapid Fire (1992)
quarta-feira, setembro 23, 2020
terça-feira, setembro 22, 2020
Truth or Dare (2018)
segunda-feira, setembro 21, 2020
domingo, setembro 20, 2020
Thunder Road (2018)
sábado, setembro 19, 2020
sexta-feira, setembro 18, 2020
Flawless (1999)
quinta-feira, setembro 17, 2020
quarta-feira, setembro 16, 2020
Suores Frios: O Nokia de Blair Witch
Não gosto de filmes de terror. Ou melhor, não gosto de ver filmes de terror. Entrei nesta negação quando com onze ou doze anos apanhei "O Dentista" de Brian Yuzna a passar por volta da uma da manhã na TVI e, deitado na cama, às escuras no meu quarto, fiquei a vê-lo até ao fim. Sei lá porquê. Tanta coisa melhor que me fez adormecer ao longo das últimas três décadas no sofá, na cama, na cadeira do computador, até sentado no chão com miúdos com cólicas ao colo. Mas este fiquei até ao fim. Resultado? Anos de pesadelos inexplicáveis relacionados com dentistas. Eu que até sempre gostei - e ainda gosto - de ir ao dentista. Mas naquelas noites que acordava com "suores frios", ou era o Schwarzenegger de metrelhadora e peito ao léu a disparar contra um autocarro comigo lá dentro - e sim, tive este pesadelo várias vezes, acordando em pânico no exacto momento em que era atingido -, ou vinha o ca**ão do dentista despachar-me, comigo imóvel naquele cadeirão deitado, congelado e imobilizado por um qualquer anestésico. Vieram anos e anos a comer cinema ao pequeno-almoço, almoço e jantar. Nunca nada que tivesse pinta de pregar um cagaço ou outro. Nem o raio dos clássicos que todos falavam, dos Sextas-Feiras 13 ao Exorcista, dos Halloweens ao Poltergeist. Tudo muito bonito até ao momento em que me apaixonei pela minha mulher e, depois de passar o ponto de não-retorno, percebi que ela só gostava de filmes de terror. Tudo o resto adormecia em cinco minutos, fosse na sala de cinema ou em casa.
Lá tive que descobrir tudo o que tinha ficado para trás. Os clássicos, as estreias, os mais refundidos, os asiáticos, os raios que os partam. Até que chegou o dia, ou melhor, a noite, que me traz aqui. A noite em que metemos uma cassete VHS d'"O Projecto de Blair Witch". Sozinhos em casa, ali numa noite de verão durante o Euro 2004. Todos sabem do que se trata, não é preciso grandes apresentações. Remeto-vos já para a cena final. Lembram-se? Uma personagem possuída, em pé, num canto de uma casa abandonada no meio do mato, cabeça e braços para baixo. "Borrei (não literalmente, felizmente) a cueca", para não variar. Duas ou três da manhã, finito, vamos dormir: ela ri-se do que viu, eu estou tão incomodado quanto arrepiado. "Mas para que é que vejo estes filmes?", pensei uma vez mais. Fechamos os olhos, adormecemos.
Sono profundo. Uma, duas, três, sei lá quantas horas passam. Sinto movimento, oiço um barulho, descerro um dos olhos para espreitar o que se passa. O que vejo dispara-me o coração para fora do peito, como nunca antes - ou depois - na minha vida. A minha mulher (então namorada) no canto do quarto, cabeça e braços para baixo. Cabelo longo, tal e qual como no filme. Caio da cama, começo aos gritos, acordo o prédio inteiro. Ela asusta-se tanto com a minha reacção quanto eu com a presença dela naquele canto. Pensei que tinha sido uma partida dela e estava pronto para a matar. Mas não, afinal tinha ido pôr um daqueles tijolos com Snakes chamados Nokias 3210 a carregar. Estava, segundo ela, há horas a fazer aquele apito irritante de bateria baixa de cinco em cinco minutos. Foi uma coicidência dos diabos - ou das bruxas, para ser mais preciso com o filme em causa. Foi o susto de uma vida. E voltei a fechar a porta ao terror. O amor também tem limites. Mais de quinze anos sem rever esta cena e, só de escrever este texto, lembro-me dela como se fosse ontem. Mas porque é que alguém vê filmes de terror? Explicam-me?
Participação a convite da Rita Santos do blogue Not a Film Critic.
terça-feira, setembro 15, 2020
segunda-feira, setembro 14, 2020
Unsane (2018)
domingo, setembro 13, 2020
sábado, setembro 12, 2020
#Alive (2020)
sexta-feira, setembro 11, 2020
Nalgas Film Club
quinta-feira, setembro 10, 2020
The Arrival (1996)
quarta-feira, setembro 09, 2020
terça-feira, setembro 08, 2020
Nine to Five (1980)
segunda-feira, setembro 07, 2020
domingo, setembro 06, 2020
Train to Busan (2016)
sábado, setembro 05, 2020
sexta-feira, setembro 04, 2020
Class Action Park (2020)
quinta-feira, setembro 03, 2020
quarta-feira, setembro 02, 2020
The Vast of Night (2019)
terça-feira, setembro 01, 2020
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