quarta-feira, novembro 18, 2020

They Live (1988)

Cada um fez a sua própria interpretação de "Eles Vivem" ao longo dos anos: das alegorias de conspirações judaicas, à visão socialista/comunista de um filme Marxista perfeito, da desconstrução capitalista das sociedades numa visão satírica do consumismo à crítica aberta à ganância dos milionários e dos poderosos na América de Reagan à custa das classes médias-baixas, existem longas análises um pouco por todo o lado que analisam essas diferentes leituras. O que ninguém pode negar mesmo é a classe e simplicidade com que Carpenter construiu um dos mais cativantes, descontraídos e divertidos filmes da sua filmografia sem precisar de grandes efeitos especiais - apesar da ousadia do conceito - ou de um orçamento estrondoso. Tudo cool, da sonoplastia em constante tensão aos diálogos muitas vezes improvisados - a mais famosa deixa, sem dúvida, a da pastilha elástica -, das cenas de acção cruas, quais estrelas de Wrestling, à intemporalidade das suas camadas de crítica política e social, tão pertinentes hoje como há trinta anos. E chega, que eu vim aqui só para deixar umas palavras sobre o filme e dar-vos uma coça. E já estou sem palavras.

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