segunda-feira, fevereiro 01, 2021

Succession (S1/2018)

Vamos lá tentar fazer isto a brincar com provérbios: família, família, negócios à parte. Um olho no peixe (Kendall), outro no gato (Cox), porque o seguro teima a morrer de velho e para ser lobo não lhe basta vestir a pele. Águas passadas sempre a mover moinhos, porque nem sempre quem ri por último ri melhor. Filhos criados, trabalhos dobrados, porque quando se trata de poder e dinheiro, quem bate esquece, mas quem apanha não. Uma família disfuncional em episódios longos e de ritmo inconstante, que tanto excita a espaços como aborrece a compassos. De boas intenções está o inferno cheio, num mundo de personagens senhores do que pensam mas escravos do que falam e fazem. Tom, estilo e narrativa com mais pretensão e presunção do que engenho e habilidade para criar um produto consistente nas suas oscilações entre o drama familiar e o humor negro empresarial. Por vezes é preciso plantar verde para colher maduro e não arrancar logo com todas as personagens num ponto extremo de canalhice, sem histórico de motivações e experiências que os levaram a esse ponto. Não me apanham na segunda temporada, até porque pau que nasce torto tarde ou nunca se endireita.

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