Curta-metragem nomeada à mais recente edição dos Óscares que tem sido um verdadeiro caso de amor-ódio entre o público. Nem tanto ao mar nem tanto à terra: percebem-se as queixas de quem acha a mensagem tão simplificada quanto detentora em si do mesmo ódio que critica; mas também os elogios de quem não resiste ao conceito de uma narrativa em time-loop recheada de homenagens aos que sofreram - e morreram - às mãos, aos joelhos e aos disparos de um ciclo vicioso de racismo estrutural enraizado na sociedade norte-americana. Dos nomes no telhado à poça de sangue moldada no formato do continente americano, fica a metáfora eficaz - exactamente por ser polémica e talvez até inapropriada - de um problema cruel sem fim à vista.
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