Talvez a mais bonita e bem executada sequência de acção da história de cinema, uma cinematografia de bradar aos céus - a palete de cores, os espaços amplos, a temeridade da noite - de Mann, sound design maravilhoso, todo um elenco estrondoso a suportar o primeiro frente-a-frente de titãs entre Al Pacino e De Niro - o confronto no café ficou para a eternidade -, um jogo do gato e do rato entre dois homens que são paradoxalmente em tudo semelhantes, tendo apenas seguido caminhos moralmente opostos na vida. Teia de personagens complexa em torno de herói e vilão que acabam por conferir uma profundidade admirável aos seus egos e motivações, definindo várias dimensões e camadas secundárias que se intercalam com as acções e comportamentos dos protagonistas. Realismo ao máximo, CGI ao mínimo - algo tão raro nos dias que correm -, uma aula de mestre de um dos mais distintos realizadores norte-americanos.
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