domingo, julho 25, 2021

You Cannot Kill David Arquette (2020)

David Arquette, outrora na mesma capa da Vanity Fair dedicada a promessas de Hollywood com DiCaprio, McConaughey, Del Toro ou Will Smith, é hoje um actor sem rumo nem sucesso num único casting, por mais duvidoso que seja o projecto. Preso num limbo fatídico entre o estereótipo pateta do seu Dewey na saga "Scream" e uma jogada de marketing no mundo do Wrestling para promover outro filme seu - que acabou com Arquette com o título máximo da WWE para espanto e repúdio de toda a comunidade global que segue a "modalidade" -, Arquette tornou-se uma piada para os dois mundos que sempre amou. Diz mesmo estar cansado de "ser a piada", ao mesmo tempo que veste um maiô e uma capa lilás, numa das suas várias personagens enquanto wrestler. Um universo de contradições que tomam conta do próprio documentário - muitas vezes fica a ideia de muitos dos seus segmentos terem sido fabricados ao bom estilo do que se passa num ringue da WWE -, mas que ainda assim revelam a história de vida de um homem que recusa-se a desistir, por mais sujo e duro que seja o caminho. Caminhos que o levaram a pedir esmolas em semáforos mexicanos ou a ficar entre a vida e a morte em combates amadores com meia dúzia de espectadores. E, digam o que disserem, há que respeitar qualquer homem que, perante as câmaras, depile a cera o ânus.

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