terça-feira, janeiro 04, 2022

The Matrix Resurrections (2021)

Desilusão tremenda, mas esperada. Faltou tensão no desenrolar da narrativa, faltou o encanto e a audácia conceptual revolucionária do arranque da saga, faltou criatividade para tornar as cenas de acção memoráveis como no passado. Perdeu-se o cool factor, perdeu-se uma oportunidade para explorar todo um novo subplot tecnológico relacionado com a nossa dependência de telemóveis e redes sociais, perdeu-se a voz e presença de Fishburne e Weaving em troca directa com duas personificações sem sal nem pimenta. Nem o menos céptico dos fãs consegue papar a figura de Neil Patrick Harris como grande mestre da vilania e, entre condenações disfarçadas à ganância da Warner Brothers em continuar a saga, Lana Wachowski transforma este regresso no mesmo produto destituído de pertinência que crítica naquela reunião de gabinete inicial. E nem vou falar do Son Goku Neo em piloto automático.

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