sexta-feira, fevereiro 25, 2022

Howl (2015)

"Isto não é um urso. Os ursos não uivam". Lobisomens e um grupo de pessoas isoladas num comboio avariado no meio do nada, de madrugada, durante uma tempestade. Se vos dessem estes conceitos para a mão, mesmo sem experiência nenhuma nem talento para o desafio lançado, o mais provável é que teriam escrito exactamente o mesmo guião formulaico e previsível, sem qualquer tipo de jogada arriscada ou memorável que transformasse este "Howl" num "creature movie" para mais tarde recordar. Desenvolvimento de personagens fraquinho - até do pobre jovem coitado trabalhador explorado que vira herói -, paixoneta sem química nem chama e, morte após morte, burrice atrás de burrice, tudo tão óbvio que quase que dá vontade de torcer pelos bichos esfomeados. Vale-lhe o ritmo e alguns efeitos especiais práticos - e não computorizados - que nos seguram até ao fim. Faltou vontade e orgulho de abraçar a série B e, por isso, sobrou um série A banal sem personalidade.

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