segunda-feira, fevereiro 14, 2022

Hush (2016)

Que desilusão tem sido descobrir estas obras menos recentes de Mike Flanagan. Ideia cativante - por todas as possibilidades narrativas e técnicas que a surdez poderia trazer ao conceito de uma mulher em modo sobrevivência - transformada num thriller banal, que não só não aproveita a sua essência singular como arrasta-se numa sucessão de acontecimentos idiotas, sem credibilidade, justificação ou lógica. O vilão mascarado ganha identidade e perde "fear factor" pouco depois dos vinte minutos, e por mais bom uso que Flanagan dê à câmera, tudo o resto, da sonoplastia aos motivos para tanta hesitação por parte do psicopata em simplesmente despachar o assunto como fez com as restantes vítimas, esvazia este "Hush" num produto tão banal que Kate Siegel - mulher de Flanagan - poderia muito bem ter interpretado uma personagem com audição perfeita e pouco teria mudado.

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