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Como que uma adaptação modernizada e tecnológica de "
A Bela e o Monstro", um romance disfarçado nos caminhos da ficção científica - teletransporte e fusão celular - e do body horror, sub-conceito que o bizarro Cronenberg tão bem explorou e potenciou nesta fase da sua filmografia. O Seth Brundle do excêntrico Goldblum transforma-se na grandiosa homenagem cinéfila dos anos oitenta a gerações de cientistas "malucos" e ousados que, dentro e fora da tela, sonharam saltar barreiras que se julgavam impossíveis. Os seus cinco conjuntos de roupa igual, o cocktail visual extravagante e visceral da transformação de Brundle, a forma como nem no "engate" consegue escapar ao seu trabalho, numa alegoria física e emocionalmente destrutiva relacionada na altura da sua estreia com a explosão de casos de SIDA mas que o realizador canadiano defendeu posteriormente em entrevista ser antes uma fábula sobre o envelhecimento e a tragédia de perder alguém que amamos para uma doença degenerativa.
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