quarta-feira, abril 20, 2022

Um Mundo Catita (S1/2007)

Veio das montanhas cobertas de gelo, e não quer outra coisa que não grelo. Gosta de flores, amarelas ou lilás, e de romper calças por trás. Não fica indiferente à lua que brilha nas trevas, nem aos gemidos que dás quando levas. Venera o brilho das gotas de orvalho, e de uma boca a chupar-lhe o... nariz. Ama tudo o que seja viver, e de uma punheta antes de adormecer. Senhoras e senhores, Manuel João Vieira, um tipo que não sabe aquilo das vacas mas que é fortíssimo com as vinte mil éguas submarinas. O homem que assassinou a águia Vitória em directo em pleno Estádio da Luz e que considera o "Força Delta" um clássico. No ginásio, no dentista ou no cabaret, finalmente uma série portuguesa que aborda assuntos realmente relevantes como c*na fresca, chuva dourada ou oito ipod nanos no interior de uma vagina. Acting meio manhoso da maioria dos secundários - principalmente do Barracuda -, mas nada que chateie um homem apaixonado como a mulher pela qual estamos de beiços estar noiva de um tipo que acha que os Delfins são os maiores artistas musicais da história do nosso país. Ninguém dá uma festa como os irmãos Catita, de recriações de Bergman a Caligari, num produto único da ficção nacional a que quase tudo se perdoa.

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