O paraíso aqui tão perto. Ciência a ser feita, a ser descoberta, com imagens de absoluta beleza tanto nos céus como debaixo de água. Edição primorosa de Pepe Brix - tudo flui com uma naturalidade irrepreensível, das barbatanas do maior peixe do mundo nas águas cada vez mais quentes dos Açores aos laboratórios tecnológicos no norte de Portugal onde são conceptualizados os mecanismos que permitirão aos investigadores retirar toda a informação que precisam para perceber a estranha simbiose entre tubarões baleia e atuns -, num documentário tão nosso, tão precioso e preciso em torno das nossas valências nas mais diversas vertentes - humanas, turísticas e científicas - que merecia outro apoio estatal e visibilidade internacional que, provavelmente, nunca terá. Dito isto, podia ter-se estendido para uma duração mais standard, complementando toda a interessantíssima parte científica com algum background pessoal e quotidiano dos pescadores de atum ou mesmo do lado "terra" da ilha de Santa Maria. Faltou São Lourenço, faltou a Praia Formosa, faltou o Barreiro da Faneca, faltaram os marienses. E grande Nuno Sá, eu vou fingir que acredito que tiveste medo de ser comido pela grande e achatada boca do tubarão-baleia. Mas sei bem que temes mais um peixe porco a picar-te a careca do que o "pintado" a sugar-te!
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