Sequela que não é bem sequela, Newman que não é bem o Newman a que nos habituamos - tenta não ser engraçado nas cenas mais divertidas foi o melhor conselho que diz ter recebido de Scorsese naquela que foi a única colaboração entre os dois e a única vez que repetiu uma personagem - e um Scorsese tão modesto e simples nas suas pretensões que ninguém diria que era um Scorsese. Mas no meio da sua simplicidade, tanto charme, tanto carisma, do promissor e do experiente, do sangue na guelra e do sábio que sabia que mais do que dar as respostas, importava fazer as perguntas certas. Dificilmente o nosso ego cinéfilo fica mais aconchegado do que a assistir um jogo de snooker entre Cruise e Turturro, ao som de Phil Collins, enquanto os olhos de Newman se apaixonam pelo novo hotshot e não pela Gina Montana mesmo ali ao lado. Aquele pai que nunca tivemos, aquele filme que fecha um ciclo, que dá todo um novo mundo de lições e de significados a uma vida que tinha ficado suspensa no passado.
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