Três agentes secretos mortos logo no arranque: um pelo ouvido, outro pelo pescoço e outro enquanto assistia ao seu próprio funeral. A música mais esquizofrénica da saga - obra de Paul McCartney, a primeira que fugiu a John Barry -, que começa por estranhar-se mas que lá perto do fim já está mais do que entranhada, mesmo que usada de forma completamente aleatória uma mão cheia de vezes. Racismo, blaxploitation, estereótipos culturais, Roger Moore a estrear-se na personagem, nada de Q pela primeira vez, um único gadget - um simples relógio com um poderoso íman, entregue pela Moneypenny -, um xerife altamente saloio, a Solitaire de Jane Seymour, um truque de cartas malandrão - Connery não precisava de enganar ou mentir a nenhuma mulher para as levar para a cama - e um guião que se enterra, moralmente e logicamente, sempre que pode. Fica a perseguição de barcos no rio, a fuga aos crocodilos qual Super Mario, o autocarro de dois andares e o melhor Felix Leiter (David Hedison) da história. Já a morte insuflada do Kananga, vamos fingir que não aconteceu, combinado? O mesmo para a total ausência de vodkas martinis mesmo com duas longas cenas num bar. Bourbon e água? Oh que caraças.
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