terça-feira, novembro 01, 2022

Venom: Let There Be Carnage (2021)

É um Marvel série B e, só por isso, merece mais e melhor atenção do que um Marvel normal. Mas quase tudo falha: perde o factor surpresa da estreia, tem uma interpretação tenebrosa e deslavada de Woody Harrelson de mãos dadas com aquele penteadinho à fodasse, orquestra deficientemente um vilão que devia ser do carnalho - chama-se Carnage, por amor da Santa - mas que está claramente preso ao PG-13 que a fome de dólares obrigou e tenta ser romântico com uma relação amorosa platónica tão mal martelada entre Hardy e Williams que, no fundo, quase que desejamos que Eddie e Venom apaixonem-se fisicamente um pelo outro. Tal como no primeiro, acaba por ser o jogo do gato e do rato entre os dois que leva tudo às costas, qual buddy-cop movie que se vê obrigado a ser filme de super-heróis quando tudo o que sabe fazer é divertir-nos com Venom a sair do armário. Not enough Carnage, Gollum, mas mal o menos foi só hora e meia. Tão rapidinho que nem custou esperar pela cena pós-créditos da praxe.

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