Fórmula de sucesso repetida vezes sem conta pela Netflix, desta vez com muitas razões palpáveis para realmente triunfar. Interpretações de primeira linha - não só Evan Peteres no papel do monstro, mas também da "vizinha" Niecy Nash e do "pai" Richard Jenkins -, realização fenomenal de Jennifer Lynch em quatro episódios muito distintos - tem mais juízo que o pai - e uma caracterização muito cuidada e aprofundada de quase todas as vítimas: sentimos os seus sonhos, ambições e rotinas, simpatizamos com as mesmas e, de repente, vemos tudo isso a ser despedaçado por Dahmer. Não sei se o esquema temporal usado terá sido o mais eficaz - para a frente e para trás, sem grande lógica associada na ordem das vítimas -, mas sente-se uma coesão de talento e qualidade em quase tudo, sem que o esticanço para dez episódios prejudique de sobremaneira o ritmo da série. Netflix, amiga, é continuar a atirar o barro à parede, de vez em quando resulta.
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