quarta-feira, janeiro 04, 2023

The Breakfast Club (1985)

Para muitos, o filme fundamental dos anos oitenta sobre a adolescência. Clássico de John Hughes que reúne os cinco arquétipos do secundário num castigo de sábado na escola: Anthony Michael Hall é o cérebro, Emilio Estevez o atleta, Ally Sheedy a gótica/excluída, Molly Ringwald a princesinha/miúda popular e Judd Nelson o patife/baldas. Todos descobrem que afinal têm muito mais em comum do que aquilo que os, efectivamente, separa. Todos são mais inteligentes que os adultos e é o universo que está contra eles e não o oposto. Quase como que um grito de revolta de uma geração contra todas as outras, "O Clube" esgotou salas de cinema nos anos oitenta, repletas de adolescentes que finalmente se sentiam compreendidos e realizados pelo caminho trilhado por um daqueles "amigos". Talvez por o ter descoberto só agora já velho e chato, talvez porque o filme de Hughes tenha mesmo envelhecido mal nas suas pequenas desventuras, não consegui perceber o seu encanto de tantos no meio da incompetência do "vilão" estupidificado do professor ou dos inúmeros clichés estereotipados no grupo - a gótica lá se transforma em princesa, porque todos sabemos que ser diferente não presta. Sobrevive o mood ao som dos Simple Minds - don't yoouuu forget about me - e a audácia de desafiar uma época em que os filmes de adolescentes resumiam-se na sua essência a recriações mais ou menos hormonais do "Porky's" e companhia.

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