Cento e setenta minutos de filme, trezentas e oitenta palavras ditas pela personagem que dá nome à saga. Foram cinquenta minutos e trezentas e setenta e nove palavras a mais do que era preciso. Bastava um "
yeah!" lá para o final e podia-se muito bem retirar uma ou duas cenas de destruição maciça à lei da bala que não brilham tanto como as demais, coreografadas ao mais ínfimo pormenor e preparadas com meses e meses de treinos dos protagonistas nas mais diversas artes marciais. Vamos manter-nos nos números: duzentos e vinte e dois degraus que levavam à Sacré-Coeur; tanta queda e peripécia pelo caminho, terão sido facilmente o dobro ou o triplo. É sofrer e continuar, é essa a piada desta relação entre Stahelski e Reeves. Donnie Yen numa personagem de homenagem a todo um legado Zatoichiano que raramente convence - ao contrário da sua personagem também invisual no "
Rogue One" -, Scott Adkins gordo que nem um texugo e Skarsgård eficaz como vilão desprezível, o que com aquela fronha de fuinha não é difícil. E, claro, Lance Reddick no adeus prematuro, de partida desta realidade para outra onde a Massive Dynamic vai tomar conta dele. Estilo sobre substância, corda esticada ao máximo, era parar pelo quarto antes que o quinto a rebente de uma vez por todas.
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