"
Quem és tu?", pergunta um dos mascarados que se multiplicou a cada baixar de cabeça de uma pobre rapariga prestes a ser assaltada num parque de estacionamento na memorável cena de abertura deste quarto capítulo da saga "
Death Wish", o primeiro sem Michael Winner na realização. "
Sou a Morte!", responde o Paul Kersey de Bronson. Arranque auspicioso, é verdade, mas depois quase tudo na mística quase azeiteira do vingador de Winner banaliza-se no equilíbrio narrativo e na edição tradicional do experiente J. Lee Thompson, um dos realizadores que mais trabalhou com Bronson durante a sua vida mas que se esqueceu que Kersey era muito maior e mais importante do que qualquer arco criminal complexo com múltiplos vilões, polícias corruptos e reviravoltas estratégicas. É tramado alguém ser criticado por ser competente, eu sei, mas foi o sentimento que ficou quando nos apercebemos que a simplicidade de um lança-mísseis ou de uma meia com moedas foi agora substituída por garrafas de vinho com microfones de espionagem à James Bond ou drogas que são contrabandeadas dentro de atuns frescos. Ainda assim, fica a morte por carrinhos de choque, barras de dinamite e o Danny Trejo de cabelinho curto, todo arranjadinho com fato e gravata. Só visto!
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