Os irmãos Golan & Globus, Cannon e Los Angeles. Lá se foi Nova Iorque, DeLaurentis e a promessa de Chicago, manteve-se Michael Winner na realização e Bronson como arquitecto da justiça. A filha continua maluquinha dois anos volvidos dos chocantes acontecimentos do primeiro filme e o Professor Taveira, perdão, Paul Kersey, arranjou nova loiraça para copular e uma empregada a tempo inteiro para cozinhar. Bandidagem a montes na cidade dos anjos sempre a escolher o tipo errado para assaltar e, mais uma vez, azar dos azares, uma entrega indevida na casa de Kersey. Depois da estreia de Goldblum no primeiro, temos agora Laurence Fishburne III como um dos patifes novatos, de óculinhos rosa choque e navalha em punho no pescoço da empregada enquanto o gangue todo a viola. Pouco depois, a confirmação oficial: a filha de Kersey é mesmo a rapariga mais azarada do planeta. Perdão, era. Até a tentar fugir a desgraçada não tem sorte nenhuma, numa morte tão inesperada quanto vistosa, um pouco como toda esta sequela, inesperadamente eficaz na forma como recicla nos mesmos moldes a narrativa do capítulo inicial, mas tornado toda a vingança pessoal e não meramente sociocultural e ideológica. Muita suspensão da descrença para acreditar que Kersey não seria apanhado pela polícia, mas nada como umas mortes criativas, seja através de um rádio de ombro ou de uma máquina de alta tensão, para fecharmos ligeiramente os olhos à lógica. Porque mais perigoso do que um Paul Kersey de fato e gravata, só um Paul Kersey de gorro e sobretudo.
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