- "O seu filho não presta!"
- "É. Ele nasceu com cólicas."
Há filmes assim, epilépticos, desiquilibrados no tom e no formato. Ora drama de tribunal repleto de dúvidas sobre o sistema judicial norte-americano, ora Malucos do Riso com o Jack Ward a fazer de Camacho Costa com o martelo da justiça numa mão e a manche de um helicóptero sem combustível noutro. Dá-lhe algum charme e identidade singular, na verdade, mas retira-lhe o peso que poderia desiquilibrar a famosa balança cega da lei para um retrato sério e pungente sobre como o tribunal não passa de um circo de vaidades e de poderes, onde dois lados lutam pela vitória, sabendo sempre que apenas um dos bancos, seja o da defesa ou o da acusação, defende a verdade. E a justiça, a tal justiça para todos, devia ser sobre a verdade, toda a verdade, e nada mais do que a verdade. Al Pacino a ser Al Pacino e "
o meu horóscopo tinha dito que hoje ia ser um dia espetacular, e olha o que me aconteceu!"
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