Sul de França para justificar o sotaque e o Van Damme a fazer duplo papel de irmãos gémeos que não faziam a mais pequena ideia que não eram filhos únicos. Ah, a fórmula clássica de um bom refugado de couve de Bruxelas. Um deles morre logo a abrir, que é para nem haver chatices com um possível frente-a-frente na tela e toca a viajar para Nova Iorque à procura de vingança, que está a ser pateta ver tanto polícia de sotaque forçado. Little Odessa, uma espécie de Buraca na cidade que nunca dorme. Identidades trocadas, claro, toda a gente pensa que o Van Damme bom é o Van Damme mau. Única vantagem, Van Damme bom a papar a jeitosa que andava metida com o Van Damme mau, sem vergonha na cara para revelar a verdade. Não estou a criticar, faria o mesmo pela Natasha Henstridge. The House of Keboobs em vez de Kebabs e um taxista escritor alucinado sempre pronto a salvar o rabo ao Van Damme só porque sim. Por falar no rabo do Van Damme, zero planos focados no mesmo, ao contrário do que é costume na sua filmografia, apesar de uma luta bastante promissora numa sauna, apenas de toalhinha à volta da cintura. Já o tradicional galo na testa passou também para o Zach Grenier, o que não é a mesma coisa. Zero espargatas, triste, mas para compensar temos o Van Damme versão MacGyver, com um cigarro e pastilha elástica, perseguições automóveis exóticas e acção de qualidade num elevador e num talho, com uma motosserra ao barulho. Não é nada mauzinho este Ringo Lam. E já vos disse que a Natasha Henstridge, minha nossa senhora? Não? Então aqui vai: Natasha Henstridge, minha nossa senhora.
Sem comentários:
Enviar um comentário