Merece tanto mais reconhecimento este terceiro capítulo da história de amor entre a Carol Anne e o reverendo Kane. Jogos de espelhos e reflexões de categoria - e a toda hora, sem medo da dificuldade técnica associada - efeitos especiais e práticos de luxo capazes de envergonhar muita coisinha que é feita hoje em dia com ecrãs verdes e computadores de última geração - da poça no parque de estacionamento às dimensões paralelas "congeladas", sem esquecer a Lara Flynn Boyle a sair do corpo da Zelda Rubinstein - e um arranha-céus como palco único e claustrofóbico do espectáculo paranormal. Atmosfera, ritmo e um par de cagaços eficazes. Ok, nem sempre as decisões do casal interpretado pelos muitos competentes Tom Skerritt e Nancy Allen respeita qualquer tipo de lógica - cheguei a pensar que estariam possuídos e que essa seria a grande reviravolta narrativa - e a resolução final do "grande" conflito - o guiar de Kane até à luz - acaba por ser demasiado simples e banal para tanto alarido causado. Ainda assim, fascinado pelo esforço. E que talento tinha Heather O’Rourke.
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