terça-feira, fevereiro 06, 2024

Dying of the Light (2014)

O Paul Schrader num directo para vídeo porque foi corrido pela produtora mal acabou de filmar - edição e montagem sem a sua supervisão e autorização -, o Nicolas Cage de cabelo esbranquiçado com uma doença terminal que lhe dá cabo do juízo e um Carrefour. Não sei o que me deixou mais surpreendido, mas muitas saudades daquela manteiga irlandesa que havia no Carrefour de Telheiras. CIA, terroristas, orelhas cortadas a meio, o riso maquiavélico do Nicolau Jaula e muita conversa de espião, qual triunfo da burocracia e da política sobre o bom e velho método de tratar do assunto pelas próprias mãos. Até que fartam-se e, no meio de tanto tiro sem sentido junto a piscinas, ficamos com saudades da conversa. Era suposto ser um estudo estilístico - os planos desfocados, a confusão da personagem principal passada para o lado do espectador - sobre a demência por parte de Schrader, acabou a ser um thriller de espionagem sem chama nem alma pelos tipos que realmente mandam em Hollywood.

Sem comentários:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...