Incursão refrescante num subgénero que anda zombie há muito tempo: o dos zombies, esse mesmo. Violência extrema, não só nas ideias que não tem medo de concretizar - chamemos-lhe morte por sexo ocular - como na forma extremamente gráfica como as apresenta. Não costuma nada ser a minha praia - não consegui sequer tocar em alguns exemplares europeus das últimas duas décadas que fizeram mossa na crítica e no público -, mas há aqui uma vertente de entretenimento e diversão que é rara nesta extremidade cinematográfica. Covid para brutos, pupilas dilatadas, adrenalina nas veias e muita maldade naquelas cabeças. Lá pelo meio, uma história de amor que infelizmente não convence, seja pelo pouco peso histórico da relação, seja pelo amadorismo dos marmanjos que lhe dão corpo. Efeitos especiais de primeira, cinematografia e sonoplastia caótica - um caótico bom - naquela que foi a estreia promissora de um canadiano (Robert Jabbaz) em... Taiwan. Em tempos de pós pandemia, belo gorefest para relembrar os medos e os anseios que todos enfrentámos.
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