Bastam cinco minutos de filme para rapidamente percebermos que será um daqueles que se ama ou odeia, pelo estilo esquizofrénico - alguns usarão o termo frenético - de realização e montagem. Gosto muito da rebeldia ideológica de Oliver Stone, mas enervou-me sobremaneira ter deixado essa mesma irreverência tomar conta do seu lado técnico. Percebo o mecanismo quase satírico utilizado para criticar a glorificação da violência através dos meios de comunicação social, mas acabei por estar constantemente tão irritado com o estilo tiktokiano como tudo é apresentado que não consegui sequer aproveitar uma mão-cheia de boas ideias e interpretações exóticas - com Tommy Lee Jones à cabeça. Flashbacks aos milissegundos, som propositadamente dessincronizado em vários planos, preto e branco aos soluços sem razão aparente, personagens que caem de paraquedas em cenas - a jornalista asiática aquando da detenção -, uma confusão total que raramente serve o propósito da sua mensagem, como que, tecnicamente falando, um "
Requiem for a Dream" - que amo, já agora - orquestrado por um bando de atrasados mentais. Um produto do seu tempo, para o seu tempo. Eu é que já não tenho tempo para estas chique espertices.
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