
Há algo tão elegante quanto sombrio e perturbador neste thriller psicológico de Almodóvar, uma clara - mas não única - ruptura com o seu estilo habitual mais colorido, neurótico e humorístico. Identidade e obsessão, num tom frio e inquietante, onde drama e sci-fi coexistem com uma naturalidade desconcertante. Banderas naquele que foi, provavelmente, o seu melhor papel dos últimos vinte anos, misterioso e labiríntico. Visualmente irrepreensível, filosoficamente denso, uma excelente reinvenção de Almodóvar que perdura na nossa mente muito para além dos créditos finais.
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