Sendo um dos filmes de 1999 mais valorizados pela critíca e espectadores - 7.7 no IMDb.com, o que é raro numa comédia - foi com grandes espectativas que parti para esta produção de baixo orçamento intitulada "Office Space", de Mike Judge. Com caras mais conhecidas que os seus nomes - Ron Livingston, Stephan Root ou Gary Cole - e ainda com a presença da bela Jennifer Aniston (mas sim, eu também trocava-te pela Jolie... quer dizer, arranjava maneira de ficar com as duas), "O Insustentável Peso do Trabalho" (mais um caso de uma brilhante tradução lusitana) não passou, infelizmente, de um conjunto de situações e piadas bastante bem conseguidas, todas elas relacionadas com o ódio ao emprego, mas nunca encaixadas num princípio, meio e fim.
Sem um objectivo argumentativo, "Office Space" é sim uma boa compilação de sketches cómicos - muitos deles quase a fazer lembrar os mais recentes "Gato Fedorento" - que ganha bastante consistência devido às suas personagens bastante esteriotipadas e bem interpretadas. A narrativa conta a história de um conjunto de personagens que odeiam a monotomia quotidiana do seu trabalho, tudo o que o envolve e consequente vida que levam. Até que um dia, Peter Gibbons (Livingston), um desses trabalhadores, decide ir a uma sessão de relaxamento através de hipnose, e, devido à morte instantânea do Professor Bambo a meio da sessão, fica assim, "sem stress" e muito "cool" para o resto dos seus dias. E, como é óbvio, é desse momento em diante que todas as situações mais caricatas irão acontecer na empresa. Num argumento que não tenta ser imprevisível, mas sim cómico, faltou um elo de ligação entre a comédia e um outro qualquer estilo, de forma a que houvesse um final, fosse ele qual fosse.
Ou seja, "Office Space" é um filme de avaliação complicada. Se é verdade que poucos foram os filmes que fizeram-me rir sozinho como este, também é a mais pura das verdades que poucos foram os que tão indiferente conseguiram deixar-me. Como tal, e não esquecendo a espantosamente simples Jennifer Aniston, fica pela nota média. E atenção à árdua interpretação de Stephan Root... simplesmente fantástico.
1 comentário:
Excellent, love it! » »
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