A maior parte dos homens têm dificuldade em encontrar o amor porque lhes é difícil serem eles próprios quando eles pensam que deviam ser outro tipo de pessoas. É aí que entra Alex "Hitch" Hitchens (Will Smith), um conselheiro amoroso especialista nas primeiras impressões: ele treina e orquestra os primeiros três encontros dos seus clientes. Nesse papel, Hitch foi o secreto responsável por centenas de casamentos em Nova Iorque: para o resto do mundo, ele é um "mito urbano". Quando Hitch ajuda Albert (Kevin James), um tímido contabilista, a juntar-se a uma grande celebridade chamada Allegra Cole (Amber Valletta), depara-se com Sara (Eva Mendes), uma jornalista de mexericos de um importante tablóide. Por ela, Hitch irá reavaliar os seus próprios ensinamentos e dar a si mesmo uma hipótese ao amor...
Vamos começar pelo ponto alto do filme: Kevin James. Um verdadeiro exemplo de uma representação encaixada por completo no género cinematográfico. Juntamos a este as beldades Eva Mendes e Amber Valletta (que febras!), e um actor mediano como Will Smith, que parece não saber bem ainda que estilo seguir (se héroi de acção, se papéis românticos ou a comédia), e temos então, em principio, um elenco competente para o que se pretende. Confirmou-se, felizmente.
Mas se o elenco é competente, e o guião suficientemente interessante, faltou certamente algo a este “Hitch”. O quê? Não sei ao certo. Talvez a existência de cenas marcantes, de uma história mais aprofundada e não tão superficial, que não nos agarra, mas também não nos afasta. “Hitch” é realizado de uma forma tão segura como banal, trazendo-nos um entretenimento suportável mas nunca memorável e fugindo por completo à responsabilidade de altas pretensões que pudessem destroçar as suas expectativas de bilheteira. É esse factor que o torna um filme a não rever, que não marca o espectador, deixando-o simplesmente entretido e não desiludido. Ou seja, “A Cura Para o Homem Comum” não passa de outra comédia romântica levezinha, igual a tantas outras e que num futuro próximo, será facilmente esquecida.
De qualquer das formas, “Hitch” acaba por ser suficientemente agradável para uma qualquer tarde de Domingo chuvosa. Não é hilariante, mas nunca chega a ser enfadonho, com Kevin James a dominar por completo com a sua forte presença cómica, quase ilustrada na sua “gordinha” personagem. E se para Will Smith pareceu ter sido uma verdadeira “seca” contracenar com Eva Mendes e Amber Valletta, para nós, comuns mortais, estas são um verdadeiro rebuçado no ecrã. E eu sempre o soube, desde que vi a menina Eva em “Training Day”, com o rabo ao léu e as mamocas descaídas. Imagens como essa não enganam, e sim, valem mais do que mil palavras.
1 comentário:
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