Jake Green (Jason Statham) é um jogador que sempre andou com más companhias e que esteve preso durante 7 anos por ter caído nas teias de Dorothy Macha (Ray Liotta). Agora em liberdade e preparado para encetar a vingança, Jake torna-se imbatível nas mesas de jogo usando uma fórmula que aprendeu com os ex-companheiros de prisão.
Entretanto, Macha está a preparar um plano para eliminar sem misericórdia o seu rival, Lord John e aposta a sua credibilidade numa arriscada operação de tráfico de droga com o todo poderoso Sam Gold. Quando Jake vai visitar Macha no seu casino para acertar contas, é mais tarde salvo pelo enigmático Zach (Vicent Pastore) e o seu sócio Avi (André Benjamin), que lhe oferecem protecção e o defendem dos capangas de Macha. A partir deste momento Jake entra num jogo, a última coisa que ele queria vir a estar envolvido, onde em cada esquina o perigo está sempre presente. Mas o maior perigo virá de uma fonte completamente inesperada...
E se a sinopse é demasiado longa ou simplesmente não lhe interessa, não se preocupe, a mesma não define nem por um segundo “Revolver”. Isto porque Guy Ritchie não entra aqui pelo género crime/thriller/drama, como tão bem o supostamente (porque ainda não o vi) fez em Snatch. “Revolver” não conta uma aventura no mundo do crime, mas sim uma aventura pela cabeça de criminosos, pela ganância e por vários ditados populares. De pura acção e simples história, “Revolver” tem muito pouco. É até, infelizmente, confuso demais.
E é confuso porque o próprio trabalho de montagem preocupa-se mais em ser estiloso (com sucesso) do que objectivo. E quem fala na montagem, fala na realização, na direcção de actores e por aí adiante. Em termos visuais o filme é acima da média, em termos intelectuais e de mensagem é auto-suficiente mas em termos de acontecimentos e explicação final do que vimos, completamente amorfo. Ritchie tenta subir demasiados degraus com uma história simplesmente demasiado normal, e o resultado é aquele típico “não é pão nem é água”.
Até no elenco, “Revolver” contraria o bom com o mau, deixando tudo cair novamente para o mediano. Se Jason Statham e Vincent Pastore são do melhor que existe neste género de filmes, colocar Ray Liotta (completamente comercial e previsível) e Andre Benjamim foi um tremendo erro de casting. Ou se parte com a intenção inicial de fazer algo sério, ou algo entretido e arrojado visualmente. O filme disfrutava de suficiente potencial para ter sido bom numa destas facetas, mas não nas duas, como foi tentado. Querem o resultado novamente? Imaginem ler 100 páginas sobre um assunto e ficarem confusos na mesma. É essa a sensação final de quem viu “Revolver”.
Não é Tarantino ou Aronofsky quem quer, mas sim quem pode. Manejar o tempo da história como estes fizerem em Pulp Fiction e Requiem for a Dream não pode simplesmente sofrer tentativas de imitação. É preciso saber como fazê-lo, de forma a não deixar o espectador confuso mas sim delirante com a estratégia usada. E Ritchie (ou quem quer que este tenha nomeado para essa função) não o soube. Se bem que no capitulo do humor subtil... “Guy é um Mr.”
6 comentários:
sinceramnete, n pecebi nada do filme
só tem de bom o início...
Muito estilo, pouca substância ;)
Caro Rafhael, como pode ver pela data desta análise, quando esta foi feita, ainda o filme não tinha estreado em Portugal nem sido criticada por nenhum dos nomes que referiu. Querem ver que afinal esses monstros é que me copiaram?
Mais seriamente, é normal que haja conclusões semelhantes, quando todos vemos o mesmo e sentimos o filme da mesma maneira.
Bom !!
na minha opiniao as pessoas teriam qe ter um pouco mas de atecao ao assistir,ler e ouvir ,pq das mas simples coisas qe vem a qualidade .
Esse filme se vc parar para analizar tudinho é bom qe assistar ate mas vezes para entender ,pq ele tem tudo de bom e tem a formula magica para crescer com a ebedoria e criar habilidades no dia dia ,mas muita gente ainda tem a mente preza e passam despercebidas
o jogo da vida... onde nosso inimigo...(o ego) esta dentro de nos... pare de alimenta-lo...e vença o jogo. ("a formula magica para crescer com a sabedoria e criar habilidades no dia dia ,mas muita gente ainda tem a mente preza e passam despercebidas")
O filme é bom, mas se o telespectador não entende, a culpa não é apenas do filme ora bolas!
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